sexta-feira, setembro 28

ficou por cumprir...






















...este contrato. Talvez a próxima.
PC

o uivo do coiote






















De volta a Luiz Pacheco 1997, doente mas vivaz. Concebemos por essa altura a 1ª edição do título acima. Brinquei com uma foto © de Maria Timóteo publicada na saudosa K de uma entrevista ao escriba abjeccionista em 1992.
Ofereceu-me ele então uma dezena de livros de sua autoria. Esses tais, os mais pequenos, que vão ocupando hoje, a seu tempo e um de cada vez, as horas sem sono.
O papel das folhas da “Comunidade” (para muitos a obra prima) pela enésima vez viradas e ao fim de tantos anos ainda não perdeu nem os aromas nem as temperaturas.
De ler. Todos.
PC

PSL v SIC

Estive tentado a comentar o caso Santana Lopes v SIC mas prometi
a mim mesmo que nunca mais blogava futebóis.
Leiam a opinião discreta de Pacheco Pereira no seu ABRUPTO enquanto o protagonista não se retrata no próprio blogue.
PC

salões de chat

Recito do blogue do douto Júlio Machado Vaz esta maravilha, recitada do METRO londrino:

AMANTES NA NET ERAM CASADOS UM COM O OUTRO
2007/09/22

Apaixonaram-se na net e agora sentem-se traídos. Estão a divorciar-se.
Um casal bósnio está a divorciar-se depois de descobrir que eram amantes um do outro na Internet. Segundo o Metro britânico, Sana, de 27 anos, e Adnan Klaric, de 32, encontraram-se numa sala chat utilizando os nicks «Sweetie» e «Prince of Joy».
Ambos achavam que tinham encontrado uma alma gémea com quem passariam o resto das vidas. O curioso é que ambos reclamavam dos mesmos problemas nos seus casamentos.
A verdade só foi descoberta quando combinaram um encontro. Agora, o casal está a divorciar-se e cada um acusa o outro de traição. «De repente, eu estava apaixonada. Era maravilhoso porque parecia que ambos estávamos presos ao mesmo tipo de casamento infeliz. Senti-me traída», disse Sana ao jornal. Para Adnan, «é difícil acreditar que Sweetie, que escreveu coisas tão maravilhosas, é, na verdade, a mesma mulher com quem me casei e que não me disse uma única palavra carinhosa durante anos».

Divorciados, atenção ao reverso: com algum azar podem ser as (os)
ex no lado de lá, sweeties e princes como never.
PC

quarta-feira, setembro 26

releituras

Decidi repor leituras em dia. Devagarinho. Coisas pequenas.
Já bastam os milhares de caracteres gastos que tento justificar por hora. Todos os dias. (Parecerá mas não sou tipógrafo/compositor manual.)
Convivi com o autor por alturas do “Uivo do Coiote”, 1997. (Único! Horas únicas! Conversas ímpares! Voltará brevemente a ser tema.)
Mas não foi esse que li por último. Foi “O TEODOLITO” numa edição ESTUÁRIO, brilhantemente desenhada por JTD. São só 53 breves páginas intercaladas de ilustrações. Coisa pequena que começa “Estamos os dois sentados num canapé de palhinha. Enquanto Umbelina me fazia furtivas festas sobre as calças, a berguilha e mais para a esquerda, eu percebia que o caralho se ia desenroscando, desenvolvendo em brandas pulsações rítmicas, agitadas, em movimentos autónomos, preenchendo o côncavo das cuecas, vibrando na esperta mãozinha e transmitindo-lhe uma frenética actividade.”
Luiz Pacheco. Claro.
PC

lindo e curto!

LETTER FROM HOME. Choro.

PC
via FoxyTunes / Pat Metheny Group

terça-feira, setembro 25

o aquecimento global...















...chegou à Escandinávia, vai descer e aconchegar agora o Porto*
no natal... de 2008.
O trio de Esbjørn Svensson ("Serenade for the Renegade" aqui
ou "Goldwrap" aqui)), que refrescou Lisboa uma noite deste verão,
é dos mais brilhantes entes fazedores de sons a gerar beleza que já ouvi. Reconhecem-se dedadas dos mestres Bill Evans e Keith Jarrett
na colorida harmonia impressionista, e fraseados melódicos, pacíficos e orelhudos próprios dos que enterraram bem fundo a já gasta receita das trezentas e vinte sete e meia notas por segundo.
A excepcional home do site atesta o bom gosto. Agendem.
PC
*14 de Dezembro, Casa da Música

ibéria

















Inaugura hoje em MADRID a MAIOR e mais completa exposição retrospectiva da PORTUGUESA Paula Rego.
Saramago!!!
Mulher cão, pastel de óleo, 1994, Tate Gallery

segunda-feira, setembro 24

hic et nunc















Ressenti esta madrugada (rtp1) o fedor de “Brutti, sporchi e cattivi”.
Não sei se foi a cadela a meu lado que se descuidou se os odores resultavam da promiscuidade dos vinte actores em vinte metros quadrados de corpos suados e sexusados em coabitação. Cheira mal mas é bonito de ver.
O neo-realismo tardio (1976) hic et nunc, nada alterou. Disse o realizador, Ettore Scola, que “O cinema não pode mudar o mundo
nem a realidade, mas pode ajudar a reflectir”
.
Reflictamos. Não estamos hoje assim tão distantes da realidade romana de então: muitas mulheres por cá também ainda hoje têm bigode, as prostitutas gordo-mórbidas ainda usam mini-saia, o patriarca continua a acomodar na barraca quatro gerações amontoadas de parentes, maridos ainda impõem terceiras pessoas na cama do casal, irmãos fornicam e existe planeamento familiar no centro de saúde.
Passaram trinta anos mas estes filmes não são neos nem exclusivamente italianos.
Para a época parecem ficção científica.
PC

quinta-feira, setembro 20

agora sim!

Deixei de apoiar o Chelsea.
Fico à espera que o Zé nos diga qual o próximo.
PC
PS: agora sim! último sobre futebol.

burro velho

Confirma-se! Até a UEFA sabe que burro velho não aprende!
Só quatro jogos.
Por cá a FPF, também.
Para o menino Zequinha, aquele sacana de quem todos contámos sempre aventuras maldosas e teve a brilhante ideia de brincar com
o cartão vermelho do árbitro, foi um ano inteiro de suspensão.
É burro ainda novo!
PC
PS: acabaram os futebóis aqui no blogue.

venturoso cigarro















A nova lei entra em vigor a 1 de Janeiro.
Ficam-me as saudades dos CAMEL fumados em todo o lado.
Salas de aula, autocarros, metropolitanos, aviões e aeroportos, hotéis...
Que por cá não se caia no exagero americano: beber bem, ouvir melhor, apaixonado, ao vivo em qualquer bar da Village e a componente cenográfica da esfumaçante velatura ausente.
Cigarros só em intervalos regulares que os próprios músicos se impunham e também eles vinham para a rua. Corte.
Lucky Luke fumava sempre. Mestre Almada fê-lo em directo na tv.
O cinema cultivava-o.
Vou pausar para um cigarro.
PC
fotograma de “À bout de souffle”. Jean-Luc Godard

quarta-feira, setembro 19

adi(t)amento

A UEFA protelou para amanhã o veredicto. Estou a prever bananice igual à que por cá aconteceu.
Ainda o sérvio é irradiado e o outro, este aqui em baixo, nomeado consultor para o Fair Play.

quinta-feira, setembro 13

burro ao murro




















Nada me surpreende neste homem. Surpreende-me sim o endeusamento. Esta veneração por alguém que por cá ainda nada ganhou. Dirá a maioria que nunca uma selecção foi tão longe. Verdade. E os jogadores não são bons? Melhores só mesmo os brasileiros que foram campeões mundiais. E nem precisavam treinar.
Treinador?
O alemão, o Otto, sim! Com dúzia e meia de matraquilhos levou a taça para a Grécia.
Iniciou o Mundial com 10 (saiu Jorge Andrade lesionado) dos 11 que perderam a final do Euro como se, em dois anos, não tivessem nascido novos jogadores. Teimosia asinina.
Confessa-se hoje irritado com a arbitragem de ontem e aquele golo validado. Mas não foi o Paulo Ferreira quem, com o joelho, passou a bola ao sérvio?
Quando assim é, vale!
O que não vale são murros tentados.
Que a besta vá enfim para casa agradecendo humildemente os seus pequeninos êxitos ao professor Carlos Queirós.
PC

terça-feira, setembro 11

11 setembro






















Não sei como está agora.
Estava assim há dois anos. Um memorial modesto retirado dos escombros. Modéstia frágil. Frágil nação. Medrosa...
Com tanto medo que fui obrigado, ainda na Portela, a mostrar aberta
a mala que guardava à superfície lingerie rendada que à pressa fora arrumada.
Com tanto medo que o meu inocente Zippo escapou por pouco à confiscação.
Com tanto medo que demorámos duas horas para sair do JFK (depois de 7h30m de voo e mais uma hora, antes em Lisboa, sem poder fumar). Dedos indicadores registados mais fotografias para as bases de dados.
A uma tímida reclamação minha, o agente displicente enorme ruivo irlandês (?) no guiché respondeu:
“— Perdeste duas horas? Há quem perca a vida para cá entrar. Vieste porque quiseste.” (Aquele you soou-me a tu, nunca a você).
Contrapondo esta antipatia, enquanto esperávamos a porta na Portela, vimos passar um agente PSP, fardado sem boné, cabelo comprido com rabo de cavalo. Raro. Notável.
Foi quem depois verificou a autenticidade dos passaportes e, atento,
nos desejou “feliz aniversário para ambos, amanhã, em NYC”.
Cordial. Estávamos a 7 de Agosto.
PC

segunda-feira, setembro 10

xaile















Conheci-as por acaso, um dia destes na sic(n). Que perfeição.
Curtam. Oiçam e... vejam.
PC

sexta-feira, setembro 7

zapping!






















Liguei a tv depois de almoço para ajudar à digestão do bacalhau à gomes sá do Caravela. Perdi-me nos inúmeros canais com assuntos invulgarmente interessantes hoje, até agora, já hora útil de dia a utilizar.
A RTP1 está cá. A Sky e a BBC um pouco mais a sul. Entre choques menores (Maddies e Joões Baiões), o maior foi mesmo o de um americano, genuíno, Jon Robert Holden, defender a bandeira da Rússia na dita selecção de basquetebol.
Devo andar distraído. A globalização deve ser isto mesmo mas nunca tinha reparado.
É-me agora mais fácil legitimar os brasileiros que joguem na nossa selecção de voleibol, bulgaros e romenos na de andebol, outra vez brasileiros na de basquetebol, o Obikwelu que corre e ganha em português, o Deco e o Pepe.
PC