terça-feira, janeiro 29

anedota

Xanana foi «ao funeral do ex-presidente como expressão
de reconhecimento e gratidão do povo de Timor-Leste a Suharto por aquilo que fez de positivo no país durante os 24 anos de ocupação indonésia»
— palavras de Agio Pereira, porta-voz do governo timorense.
E andámos nós por cá preocupados, solidários, revoltados, a cantar hinos e a acender velinhas vigilantes...
Ah! Ele foi para gozar o morto? Foi festejar a morte do assassino?
Beber uns copos?
Assim está bem! Não lhe tinha alcançado ainda o afinal tão requintado sentido de humor!
PC

1 comentário:

Anónimo disse...

Quanto a mim a anedota está no facto de, com tanta violência (e não estou só a falar da física)que nos entra pelos olhos e alma dentro, ficarmos chocados (confesso que de inicio também fiquei) com um gesto de perdão e um exemplo que apela à reconciliação e à paz.
Se estas palavars tivessem saído da boca do Sr. Horta talvez pudessem assumir contornos repugnantes. Contudo, quem o disse lutou e sofreu junto dos seus, mantendo sempre os seus valores e a sua estrutura moral inabalavél e é assim que este homem-líder deixa uma mensagem a um povo que, tristemente, não soube ainda reconciliar-se com a sua história.
Cínicos foram aqueles que diziam que Suharto era o diabo mas sempre se venderam por interesses políticos e sempre compraram "Made in Indonésia".