segunda-feira, junho 8

A propósito de uma frase de um vizinho,

deu-me para escrever sobre algo que sempre me chateou:
ouvir a quem não vai votar reclamar.
Eleições são como são: vota quem quer e quem não votou votasse e não se queixe. (JTD)
Quase de acordo, ressalvo, vota quem PODE.
60 e tal por cento dos eleitores portugueses não puderam. Estão doentes. Estão de baixa. No cinema mas de baixa. No centro comercial mas de baixa. De férias mas de baixa. A fazer biscates mas de baixa.
Sofrem de caganeira, unha encravada e panarício, gripe da suína
ou da asiática, perna partida ou outra qualquer fractura, depressão, falta-de-vista e os óculos rachados, fobia, burrice (epidemia que tende
a agravar), enxaqueca, impotência, vaginismo, preguiça ou qualquer outra maleita impeditiva.
Os verdadeiros abstencionistas foram votar BRANCO.
Essa maioria não pôde ir votar.
Isso nunca será desrespeito pelos que lutaram pelo direito de qualquer um enfiar um impresso dobrado numa caixa preta.
Não foram mas têm desculpa.
PC

2 comentários:

o mundo visto daqui disse...

o meu branco solidário !

Chapa disse...

Como se a democracia fosse uma chatice e o exercício do voto um suplício.