segunda-feira, setembro 24

hic et nunc















Ressenti esta madrugada (rtp1) o fedor de “Brutti, sporchi e cattivi”.
Não sei se foi a cadela a meu lado que se descuidou se os odores resultavam da promiscuidade dos vinte actores em vinte metros quadrados de corpos suados e sexusados em coabitação. Cheira mal mas é bonito de ver.
O neo-realismo tardio (1976) hic et nunc, nada alterou. Disse o realizador, Ettore Scola, que “O cinema não pode mudar o mundo
nem a realidade, mas pode ajudar a reflectir”
.
Reflictamos. Não estamos hoje assim tão distantes da realidade romana de então: muitas mulheres por cá também ainda hoje têm bigode, as prostitutas gordo-mórbidas ainda usam mini-saia, o patriarca continua a acomodar na barraca quatro gerações amontoadas de parentes, maridos ainda impõem terceiras pessoas na cama do casal, irmãos fornicam e existe planeamento familiar no centro de saúde.
Passaram trinta anos mas estes filmes não são neos nem exclusivamente italianos.
Para a época parecem ficção científica.
PC

3 comentários:

Chapa disse...

O Portugal profundo continua pouco "neo", mas sempre muito realista.

mannu disse...

Que droga é essa? é lindo ver diferentes lados da humanidade!

mannu disse...

Nossa que coisa é essa? diferente !porém linda, gente diferente é lindo!