terça-feira, outubro 30

do baú [ 2 ]






















PC © 1984
grafites várias sobre papel Fabriano™

segunda-feira, outubro 29

gos, badall*

















AC © BARCELONA2007
(*) dicionário de catalão disponível para curiosos

sábado, outubro 27

11/11






















Jan Garbarek vem passear os seus saxofones
na Culturgest. Norueguês melódico (admiro
particularmente a sua mestria no pequenino soprano)
que ... ora façam o favor de pesquisar.
Já estão avisados.
Se preferirem ir a Guimarães, ele vai lá estar na véspera.
PC

sexta-feira, outubro 26

dançando

Vai ser uma semana
DANÇARTE dançante!
De 17 a 25 de Novembro por Palmela
vão acontecer danças.
Danças por quem sabe dançar.
Danças para quem sabe ver.
Esta fotografia é de Carlos Teixeira.
O design meu.
Nos primeiros 80's acompanhei à guitarra as aulas da então menina "Belchiorzíssima" (assim chamada
por António Rodrigues e por Graça Bessa), modernas ou clássicas, na Academia de Dança Contemporânea.
Descentralizou e reencontrámo-nos.
Há pelo menos...
...uma série de anos.
PC

terça-feira, outubro 23

carícia outonal






















afago em ti
este calor húmido de outono que parece
conservar-te na pele, ténues e doces,
os odores do sol de verão
e branqueia o tom, esmorece
as concordantes linhas, curvas,
do teu corpo jovem, são:
brilho que cintila
a cada toque, a cada olhar,
a cada amor feito
e reflecte em dobro,
cega, estira, apressa o peito.
Há fogo em ti. Apago-o.
Afogo em ti.

PC 2007
(a fotografia e o resto)

segunda-feira, outubro 22

fds em alta elevado muito acima

Joe Lovano fechou a digressão deste ano na nossa Aula Magna.
A muita experiência musculada encantou-nos. Trocou o sax tenor por uma vez pelo soprano, embalou-nos e deixou-se embalar em excelente companhia: um extraordinário baterista cubano e um delicado pianista. O contrabaixista era emocional e sonoramente discreto (são quase todos assim...(?)).
JL saltitou no palco por momentos a fazer lembrar palhacinho
de corda. Pequenos saltitos coreografados com os fraseados saltitantes.
A latinidade cantante e morna em crescendo recordou-me o concerto
do argentino Gato Barbieri no Tivoli em 2001.
De permeio alguns standarts de compositores colegas. Perfeito.
...
Chick Corea que não é britânico é pontual. Começou rigorosamente à hora e nós PRESOS na ponte da LIBERDADE. Vinte minutos perdidos de um concerto solo que se sabia sem alinhamento mas ainda a tempo do primeiro aplauso. Deambulou pelas teclas de um piano despido, brincou com os harmónicos directamente nas cordas esventradas, sapateou vigorosamente o pé direito (às vezes os dois) de branco cerimonioso calçado e falou cordial (o John McLaughlin, de peúga branca e sapato de verniz no SeixalJazz98, (ano em que curiosamente também o CC lá esteve) durante uma hora tocou de costas para o público e não proferiu palavra. Outra postura de também vedeta).
Comunicou que haveria intervalo. Depois de um tema reciclado dos 70’s, dos tempos com Airto Moreira, antes da Electric Band, intervalou.
Voltou com 20 partituras de pequenos temas infantis que a “filha,
na hora, lhe mandou por fax...(?)”, tapou parte do piano para poder estender as folhas e começou por malhar “caixinhas de música”, chatas e frias. Fáceis e distantes.
À décima primeira já estava quente e a partir daí improvisou magistralmente.
No encore acabámos todos a cantar polifonia. Homens a duas notas agora, mulheres a três depois. Muitas vezes. Acorde único e muito participado. Depois riffs de dificuldade rítmica progressiva em uníssono. Emocionante e pazes feitas.
PC

quinta-feira, outubro 18

rrauf, rrauf, rrauf... àuuuuu! (*)
















(*)
"Aqui vou eu para a Costa
Aqui vou eu cheia de pica
De Setúbal vou fugir
Vou pr'ó sol da Caparica"
CURTIR...

Bom fds.
MIRÁ

terça-feira, outubro 16

próximo fds em alta II





















Logo a seguir, no dia 20 no CCB, Chick Corea outra vez.
Desde Julho de 83 no Coliseu com Roy Haynes e Miroslav Vitous
que não o oiço/vejo.
Recusei-lhe a fase vã do apenas virtuosismo.
Vamos fazer as pazes sábado (?).
PC

próximo fds em alta I





















Primeiro com Joe Lovano, dia 19 na Aula Magna.
Tive o prazer de o ouver em Julho de 99 no Jazz em Agosto da Gulbenkian, integrado no quarteto do guitarrista John Scofield
(mais Dave Holland no contrabaixo e Al Foster na bateria).
Branco com swing negro azulado. Vale a pena. Para curtir!
PC

quarta-feira, outubro 10

ainda morna


Acabada de fazer e acabada de enviar para as rotativas da Mirandela, artes gráficas. Ilustra um artigo de Luciano Rocha.
PC
ilustração © em Painter IX de mac e mesa Wacom

considerações avulsas


















Revi, atrasado, um destes dias a versão 2005 de King Kong.
Pergunto-me porque é que algumas mulheres conseguem apaixonar-se [do coração (?)] por grandes primatas.
Das duas, cinco:
1. será que redescobrem a intuição maternal de protecção/ amamentação àquele que embora grande e cheio de força revela acentuado défice intelectual?
2. será porque interiorizaram as capacidades de superioridade/domínio praticadas sobre os indefesos peluches inanes?
3. será da frouxa imagem de pai que é sublimada e resolvida com
a desusada dimensão do bicho amado e confere segurança e protecção
a qualquer agressão externa?
4. será a (vantajosa) comparação da densidade pilosa?
5. será a (freudiana?) proporcionalidade do falo?
Falei!
Continuo a preferir a versão com Jessica Lange (na foto). Melhor desempenho só atingiu no “carteiro...” enfarinhada sobre a mesa
da cozinha. Jack Nicholson sempre é mais à medida, digo eu...
PC

segunda-feira, outubro 8

emes
















Aplauda-se a honestidade de quem está a dar de si o seu melhor.
Música experimental é difícil. Honesta mas difícil.
Entrámos atrasados no último dia a tempo de ouvir os derradeiros sons de Mosaique e as últimas imagens de Laetitia.
Entrou depois do copinho de moscatel o projecto Biosphere unipessoal do norueguês Geir Jenssen (na foto).
É difícil para quem é ignorante. E é isso que me sinto. Ignoro o vocabulário. Ignoro os sinais. Não entendo nem interiorizo a maioria dos códigos mas há anos que tento. É um problema meu.
Por uma ou outra vez bati o pé tímido. Aconteceram alguns pulsares com sentido e pausas e acidentes no meio de superfícies planas e escorregadias.
A abstracção musical pura actua no ouvinte e permite a construção interior de universos, entre outros, visuais.
Estes compositores ao vivo trazem-nos uma ajuda. Projectam-nos devaneios cinéticos coloridos em osmose com o que se ouve.
Há alguns anos assisti, também integrado nos eme, à performance do italiano Paolo Angeli com uma guitarra da Sardenha transformada em experimentalismo puro. Sem projecções. Havia instrumento (preconceito elementar?).
Aplaudi então o virtuoso e o ecletismo de dezenas de cordas em simultâneo.
Aplaudi no sábado a iniciativa para que nós surdos insistamos.
Pode ser que aprendamos um dia.
PC

dar banho ao cão





















Fizemos as malas breves depois de curta mas louca semana
para ir dar banho ao cão que por acaso é cadela e até se banha,
ali, sozinha. Estava calor na praia no feriado. E no dia a seguir também.
A bichinha corre e sorri (sorri mesmo!) e agradece com salpicos encharcados a cada sacudidela, lambidelas salgadas fedorentas,
areia nos olhos (sacudiu-se agora em seco), jornal, malas,
sapatos, carro.
Simples prazeres (...mesmo abrasivos).
PC

quarta-feira, outubro 3

a do meio
















Dois do meus vizinhos (que me perdoem a colagem ao tema) aqui do lado já opinaram sobra a última Wallpaper*.
Está tudo sabiamente, pelos ditos, dito a respeito.
Mas se cada um deles escolheu a preferida das três capas possíveis, ficou a faltar a melhor, a do Jeff Koons.
Escolhas!... Cada um com as suas razões. A minha, a do meio, para além da frívola estética pop tanto a gosto deve ser influenciada pela pretérita escaldante relação matrimonial do autor com Cicciolina.
PC
Reparem como só os cornos do bicho ultrapassam os limites gráficos impostos e ferem o título. Irreverente cornudo.

terça-feira, outubro 2

3 steinway & sons

















Passei pela 2 à hora do jantar e lá estavam os 3
para deliciosa sobremesa a 6 mãos. A bisar.
Melhor: a trisar.
PC
o dvd foi ontem lançado

segunda-feira, outubro 1

viv'à boa música (?)





















Manel João e eu nunca tivemos grande lidação.
Eu labrego faminto* da margem sul. Ele nem por isso.
Eu prodesign. Ele propintura. Mas ambos pramúsica.
Por uma única vez jamámos na escada helicoidal (fabulosa acústica) com os cordofones que ele trazia dependurados diariamente pelos corredores da ESBAL.
Ele ENAPÁ 2000. Eu cá, pá, deixei-me disso... mas gosto de "Marilú".
PC
• Mestre Lagoa questionava-se, na sequência das denúncias públicas do bispo vermelho, como é que com tanta fome em Setúbal ainda restava força em corpos tão franzinos para a assiduidade dos alunos (eu e outro colega também aqui já citado) da outra banda oriundos.