quinta-feira, dezembro 20

viciados mas tesos!

de repente toda a gente fumadora queima CAMELs. Não há CAMELs nas tabacarias nem nas máquinas. Foi o CAMEL durante meses o mais barato dos bons maços.
Por isso esgotaram-nos, azularam-nos.
Os que fumam por fumar desrespeitaram o culto dos decanos fiéis apreciadores de CAMELs. Mínguados!
Devia custar 50 € o cigarro. Cada um! Estoicamente continuaria leal à marca CAMEL... mas abstinente!
Estou furioso: só consigo comprar CAMEL azul, "subtle flavor" amaricado!
É agora que vou deixar de fumar?! CAMELs?!
PC

quarta-feira, dezembro 19

felizes festas

são os nossos desejos
PC | AC

sexta-feira, dezembro 14

figuras...






















... alegres! Figurarei, guitarrando alive, mais ou menos
com este aspecto, amanhã, no espectáculo de Natal encenado
pelo muitamador Grupo de Teatro dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Palmela. É uma simpática regressão aos ingénuos
tempos [± 1977] do etc... e ao imortal espírito dos "Muppet"
(o Fernando Luís nessa altura, ali, entre amigos, já brilhava
a compor personagens répteis, batráquias ou com outras morfologias).
Desejo-vos, sinceramente, um tão divertido fim-de-semana
quanto o meu.
PC
(e a Ana, a AC, cintilante na inegualável, extravagante e extrovertida
[é-o naturalmente] Miss Piggy)

terça-feira, dezembro 11

“dégradée” retro






















um amigo fotógrafo ao ver esta ilustração exteriorizou
comentário curioso: “que fundo MECANORMA!... Tão 80’s...”
Acho o mesmo. Outros, muitos, estudos com fundos lisos
mataram o templo.
Esta aparente violação ao património mundial está vendida.
Évora, cidade de leitura, o lema da campanha a iniciar
em Janeiro.
PC
ilustração © em Painter IX de mac e mesa Wacom

segunda-feira, dezembro 10

é de 2ª classe múltipla!














Injustiça! Patético e inexplicável! Continua a classe 2 na BRISA
e LUSOPONTE para o meu “carrinho a pilhas” (epíteto AC 2001), que perfaz no próximo mês nove anos. O mais brilhante interior alguma vez conseguido em automóveis. O mais controverso exterior de sempre!
Acho-o verde por fora e azul por dentro e lindo!
Um dos poucos carros dignos do MOMA (terá a FIAT subornado
o comissário?). Adaptaram seis lugares reais em plataforma UNO. Extras? Todos incluídos. Design! Puro!
Mas sempre assim foi: classe 2. Só depende da linha vertical imaginada a partir do eixo da roda dianteira. É a altura que estabelece a pinta.
São, neste caso, os faróis máximos que o ditam.
É a cota que define o preço a pagar! Só neste país é que se paga
o desgaste ao ar. Verdadeira poesia. Provado país de poetas...!
Conclui-se: é a estatura de um veículo que consome o alcatrão! Inteligentes “injinheiiros” (quem não viu a peça ARTE tivesse visto
que perceberia!).
Tudo bem: nós, os poucos múltiplos, vamos pagando Setúbal–Porto a 40.95 €. Mais absurdo são os Sharonautoeuropalmelões. Sempre iguais na volumetria, a portagem depende da matrícula. Curtido.
Classe 2? 2ª Classe!
PC

não é obra minha...

















...mas sinto-a como sendo!
Há mais aqui ao lado, em fanart.
PC

quinta-feira, dezembro 6

catecismos de cagalhão















nem Público nem DN nem outros. Só Expresso e Diabo! Únicas cartilhas autorizadas nas repartições públicas a funcionários públicos na Madeira. Castigo ao “contenente” justificado como contenção
de despesas. Novos democratismos nascidos da arrogância espelhada na foto. Nunca esquecerei a alcoólica saída de tinto na mão em reportagem na tv: “morte aos comunas”.
Da boca de um conselheiro de estado democrático?
Não se diz, seja lá o que se quiser dizer.
PC

quinta-feira, novembro 29

recomendação [1]






















Bom fim-de-semana. Descansem.
Podendo, sem filhos, sem gatos nem cães, repousem aqui:
Pousada Flor da Rosa, Crato, Portalegre.
Deve ser caro (obrigado Sofia e António) mas é puro
bem-design-estar.
PC

quarta-feira, novembro 28

parece

















mas não! Os últimos postais (li algures, gostei e passarei a chamar-lhes assim) não fazem jus ao nome deste blogue. São pouco curtidos. Referem assuntos chatos. Reflectem azedume.
Mas não vivo irritado apesar de haverem coisas que me irritam.
Não ando amargo apesar de acontecerem situações ácidas. Não estou uma besta apesar de me serem dadas a assistir bestiais bestialidades (intencional tautologia, pleonasmo ou redundância).
Voltemos ao registo a que me propus. Aqui curte-se.
A Mirá deve estar quase com o cio. Anda parva! Será o quarto.
Já tem postulante (também com pedigree) à desfloração.
Os candidatos a crias terão dois trabalhos: registarem-se aqui e ao mesmo tempo argumentar – de feição muito convincente – por forma
a persuadir a dona.
Exemplar garante de lindos cachorros. E serão de borla!
PC

segunda-feira, novembro 26

regenerado

Já morreu. “Morreu? tá morrido!” como dizia, ligeiro, “ti Fulgêncio”, alcoólico ancião de Aires, Palmela.
Sei que é incorrecto escrever agora mas, antes, tudo fiz por ignorar a pessoa e os seus passos em vida. Sei que passaram quase quatro décadas. Sei sobretudo que NÃO DEVO, mas não resisto.
É trauma por resolver. Se existem traumas de infância este é um deles:
Ano lectivo de 70/71. Escola Preparatória de Bocage a funcionar em escola primária do “plano centenário” com dois pisos e pavilhões pré-fabricados em Montalvão, Setúbal.
Miúdo calmo, eu, lourinho angélico, delicado filho único dos papás, com 10 anos.
Turma masculina, a mais bem comportada de todas que até serviu de cobaia para a integração marginal de meia dúzia de meninas ao fundo da sala, primeira tentativa de mescla sexual no ensino na cidade.
Enfim – bons rapazinhos.
O Mário, o Rui, o Nuno, o Passos, o Tavares, o Puna, o Palma, os outros Paulos, o Fausto, o O'Neill, outros mais. Todos crianças.
É por isso que me revolto ainda. Criancinhas sem direito a reclamar.
Todos filhos de pais que também não tinham direito a reclamações.
Chegávamos a casa com o pescoço negro, negro escuro, dos “calduços” tão fortes que alguns meninos mais frágeis (quem não é frágil com 10 anos?) abatiam-se com o nariz no chão. E apenas porque falávamos. Por nada. Por sussurrarmos ao parceiro. Tamanha violência. Inexplicável brutalidade. Imaginem o pavor naquelas aulas de Ciências da Natureza.
Enaltecem-se agora os feitos de Maurício Costa. O mestre que se penitenciou, depois, das impiedades cometidas.
Felizmente regenerou e eu não soube. Paradigma do movimento associativo do concelho, vai ser homenageado.
Que descanse em paz. Merece. Fez de mim um homem de forte pescoço.
PC
PS.: Não devia ter contado isto pois não?

quinta-feira, novembro 22

zurra e ainda questiona?






















Como é apanágio, mais uma vez reincido no não cumprimento
de uma promessa. Eis FUTEBOL!
A besta parece que me leu. Ter-se-á referido aos meus posts quando perguntou ontem “o BURRO sou eu?”
Talvez queira completar em mim o soco que no outro ficou pela metade.

BURRICES DE ONTEM:
Todos os jogos pressupõem (mesmo a feijões no loto) motivação para vitória;
Programar suficientes empates é medíocre;
Não estudou Pedroto que dizia: sofremos três golos? Marcámos quatro!;
O Maniche estava a funcionar como avançado, ao meio, atrás do Nuno Gomes;
O Raul Meireles substituiu-o para defender;
O Nuno Gomes (fosse quem fosse) ficou a nadar;
O Makukula substituiu-o para atacar;
O Makukula continuou também a nadar;
Natação é noutro recinto;
O Nani está em excelente forma;
O Nani entrou no fim.
INTELIGÊNCIAS DE ONTEM:
Utilizou um muito eficaz novo defesa central português nascido no Brasil.
INTELIGÊNCIAS PARA O FUTURO:
Seleccionar o Jorginho (Braga), o Auri, o Matheus, o Pitbull (V. Setúbal) e o Liedson (Sporting). Todos reúnem as condições para a nacionalização (com o Deco e o Pepe seria um “tuga time maravilha”): nunca foram seleccionáveis pelo país de origem.

A partir de agora é que nunca mais posto futebóis. Prometo. Eu nem percebo nada disso. Só se o Vitória ganhar sábado no Porto...
Bom fim-de-semana.
PC
AOS MUITOS FÃS DO ASNO: podem imprimir e emoldurar a photoshopice acima (basta clicar-lhe que amplia). Criei-a isenta de ©.

quarta-feira, novembro 21

peixe miúdo
















Durão, tarde, reconheceu publicamente ter sido enganado.
A razão para a invasão do Iraque, decidida nas Lajes por estes três chamuscados aqui em cima, revelou-se irrazoável.
Os árabes entenderam (mais cedo que o próprio) que Barroso estava a ser embusteado e não atentaram cá.
Afinal é bom ser-se insignificante "esquilha"(petinga), mesmo que ele, o cherne, ande por aí a apregoar-se peixe graúdo.
PC
A fotografia, antes de curtida, foi roubada do, recomendado, blogue do Zé Simões.

terça-feira, novembro 20

conto imoral















“Estranha em mim” com Jodie Foster. Não gosto desta senhora. Desde o "Taxi Driver" nunca mais gostei. Faltam-lhe físico e química. Mas fui vê-la. Tentei.
Vigilante justiceira por pistola própria nas ruas de NY, vinga a morte
do marido e mata mais alguns, extras, com total conivência do NYPD.
O detective até lhe faculta uma arma ilegal para o último tiro na cabeça do último dos maus para despistar a relação com as balas anteriores. Querem convencer-nos que é ético, justo e seguro.
Será premonitório? Prenunciador de um retrocesso cívico ao “faroeste”, cada um com a sua pistola dependurada no cinto entre o telemóvel e o iPod? Vou ter de pensar duas vezes antes de lá voltar.
PC

segunda-feira, novembro 19

onde comem sete comem oito!

Cada mulher portuguesa tem, em média, 1,3 bebés, uma taxa de natalidade muito baixa, «sintoma de um sociedade doente» que não apoia os progenitores, defende o médico de saúde pública do Hospital de Faro Mariano Ayala.
«A sociedade portuguesa está a ter um comportamento suicida generalizado», considera Mariano Ayala em entrevista à Lusa em vésperas do Dia Universal das Crianças, instituído pelas Nações Unidas em 1954, que se assinala terça-feira.

Nas décadas de 30 a 60 do século passado havia, pelo visto, elevados, para não dizer dispensáveis por exagerados, apoios!
Pais com de três a seis filhos, devem ter sido, também pelo visto, altamente subsidiados! Incentivados com elevados “abonos de família”!
Pior muitos sobreviveram. Melhor, agora, só um vírgula três sobrevive.
Excluindo casos particulares de infertilidade ambigénero, (são quase sempre, felizmente, tratáveis), todos os que nos decidimos (nunca percebi como pode ser uma decisão) hetero, fazemos do pecado original (aquele que os nossos pais cometeram [há quem acredite na alegoria da maçã?] ao fazer-nos e de que nos limpam, lavam e livram húmida e humilhantemente no baptizado) a coisa (do verbo coisar) essencial para a indução da gravidez.
As taxas de disfunção eréctil na Europa do sul são, dizem, tão baixas!...
Questão cultural, mais do que conjuntural.
Antes de proporcionar qualidade de vida ao filho(a), único(a) vírgula três, (com adidas e nikes, barbies e nenucos, playstations e nintendos, cartoonnetworks e disneychannels, explicações e atls...) queremos é dar-nos a nós próprios o bem viver que o “se ele(a) estiver ocupado(a) não me ocupa a mim” nos proporciona.
E por isso estou a programar (em [nova] óbvia concordância) um quarto, filho, e a imaginar como decorá-lo em tons de azul cliché,
ao quarto, se for rapaz (desejo legítimo de quem só fez meninas).
É imperativo que se peque, se curta mais! Por esta saúde da Nação!
PC

sexta-feira, novembro 16

criações copy|paste

Tanto palanfrório (era para escrever verborreia mas procurei uma palavra mais condicente com a solenidade do assunto) intelectual pulula neste universo. Política, sociologia, filosofia, artes, tudo.
Alguns originais.
Mas estão na moda citações. Citações de “best-sellers” ou desconhecidos autores (ainda melhor: o hermetismo apraz e notabiliza). O que “já-se-leu” é excerto para aqui como o que já se leu. Só isso.
Inventa-se quase nada. Diz-se mal. Curte-se pouco.
E como não concordo nada com citações, aqui vai uma: “Mortos ou vivos, não é nada costume português que os nossos escritores sejam tratados por um colega de profissão com ternura, com simpatia, com apreço sinceros. O que geralmente (e falo por mim) lhes sai da boca ou da pena são a ciumeira, o despeito, a má-querença... o meio é tão pequenino!”
Transcrito de “Isto de estar vivo” de Luiz Pacheco. Contraponto. 2000.
Actualizando: (...) não é nada costume português que os nossos “bloguers” sejam tratados por um colega de passatempo com ternura, com simpatia, com apreço sinceros. O que geralmente (e falo por mim) lhes sai do teclado são a ciumeira, o despeito, a má-querença... o meio é planetário!
Malpensemos uns dos outros mesmo com cínicos **, :), :))) e ;).
Bom fim-de-semana. Sinceramente. É que para 2ª feira já se prevê muita chuva.
PC

terça-feira, novembro 13

E.L.P.





















Saboreava, agora, na hora preguiçosa do almoço, cada pormenor de cada página em cada reprodução de ilustração num livro sobre HR Giger, ARh+, editado pela TASHEN, quando ao chegar à página 78 estava esta capa – Brain Salad Surgery.
Com treze anos não imaginava um dia fazer o que faço hoje. O design (mesmo o de comunicação) esperneava para emergir, para se deslocar autónomo, desafogado fora do estiradores dos arquitectos.
Eu não sabia nada disso.
Juntei umas notas e decidi comprar um LP. Um qualquer.
Comprei o exposto. Pela capa. Achei-a linda e ainda a guardo relíquia. Tem um desdobrar emotivo e um poster no interior com cortantes circulares. Que peça!
O CD (os cds) matou-a (mataram-nas) pela escala abaixo.
A música (coitado do meu pai: vinguei-me do Alfredo Marceneiro,
do Fernando Farinha, do Carlos Ramos, do Manuel de Almeida
e dos cantares alentejanos) guardei-a, conservei-a, como a capa,
em embalagem hermética e anti-estática.
“Welcome back my friends...”
PC

segunda-feira, novembro 12

FLAMA* (Frente Libertação Arquipélago Madeira)

Um vizinho aqui dos blogues, disponibilizou, e fez muito bem, o seu próprio:
Se é suposto assinar, onde é que eu assino para se dar a independência à Madeira? É unilateral a declaração de independência? Ainda melhor, poupa-se a tinta da caneta. Vai haver referendo? No Cont’nente? Vou fazer campanha activa pelo Sim. Ai não?! O referendo é só na ilha?! Disponibilizo desde já o blogue e os meus humildes préstimos para que a independência chegue a bom porto.
Raras vezes estou com ele, assim, totalmente de acordo.
E comentei:
Concordo. É aflitiva a generalizada dependência dos madeirenses à ajardinada e florida botânica do Alberto. Há alguns anos estive no Funchal (só lá voltarei, se voltar, estrangeiro com passaporte) como formador de design e outras coisas relacionadas. Estranhei a paixão, a fidelização ao regime revelada pelos formandos, rapazolas de 20 anos, idade romântica, a ideal para a contestação. Logo no 1º dia gozei a figura, escarneci do líder, testei consciências tão jovens e fui avisado. Mesmo os candidatos a artistas que nunca tinham saído da ilha, para meu espanto, defenderam-no, aplaudiram-no. Reduzi a coisa ao essencial. Formei o que tinha para formar e vim-me embora. Contabilizei o que tinha para contabilizar (recebi meses depois com um IVA mais baixo que ainda hoje não entendo) e... (abençoada) Portela!
Madeira, Portugal? Independência ontem!
FLAMA*
PC

sexta-feira, novembro 9

contador

Acrescentei a este espelho narcísico (boas Xavier Rosado Fernandes, não me esqueci de si. Nunca esqueço os amigos. Até lhe trouxe uma lembrança do CCB. Calma, não se apresse, é só um pin-coraçãozinho BERARDO "culture for life", foleiro (decerto já tem um), mas só para
o Natal, está bem?), outro consciente narcisismo: um contador de entradas a começar no zero.
Mas porra!
Sempre que aqui venho, conta. De cada vez que ponho uma novidade,
e pior, de cada vez que leio um comentário novo, conta mais uma!
Está sempre a contar. Quando é o próprio não devia!
Em três dias 136 entradas? Pronto. Assumo. São todas minhas.
Agora, depois desta conversa, passam a 137.
Bom fim-de-semana.
PC

quinta-feira, novembro 8

pormenor [2]





















grafites, acrílico, pastel, aerógrafo, calças Levi's Strauss,
moeda de um dólar americano, boxers Looney Tunes,
coca-cola engarrafada e muita cola branca para madeira.

PC © 20??

pormenor [1]






















de assemblage por acabar há anos.
Técnica muito mista sobre tela (240 x 190 cm): grafites, acrílico, pastel,
aerógrafo, rabo de calças Levi's Strauss, nota de um dólar americano,
bilhete do metro nova-iorquino e muita cola branca para madeira.

PC © 20??

terça-feira, novembro 6

súplica (fetichista)






















De pés postos terá mais efeito?
Boas (aqui) fotografias de polacos.
PC
Obrigado Isabel.

segunda-feira, novembro 5

distopias...











...e outras
considerações irritantes
que tenho lido por aí
a propósito do ranking das escolas


Qual direita e qual esquerda? Qual público, qual privado?
Existem vontades e competências! ou dedicação de quem dá e de quem recebe.
No Liceu fiz toda a escolaridade secundária. Filho de operário contornei, sem saber, a fatalidade predestinada do metal enferrujado
(e a Escola era bem mais perto de casa). Voltei depois como professor das mesmas matérias que "professei" antes na comercial/industrial.
Os paradigmas setubalenses da direita – o primeiro – e esquerda – a segunda, são hoje e sempre foram, na prática, fantasmas, mais tarde fundidos na unificação! As A.E. eram hipérboles, metáforas... figuras de estilo, mais beto, menos frique... assim assim... mais ou menos.
Nunca nenhuma das minhas 3 filhas frequentou o privado. Questão de princípio. A mais velha saiu do Liceu há dois anos, directa, como eu, (melhor porque teve 20 a descritiva no exame nacional, ouvi dizer...) para Belas Artes. Pública! A do meio, também no Liceu agora no 10º, prevejo que não tenha dificuldades em obter média para qualquer coisa à escolha na área pública das ciências. A mais pequenina está no 4º ano, público, e ainda é cedo mas frequentará o Liceu de certeza.
Sempre achei que são os alunos que fazem da Turma um verdadeiro Substantivo Colectivo. E antes da condição de aluno vivem a condição de FILHO. Para isso têm de haver PAIS, património genético, padrões
e valores (não defendo a eugenia, apenas a adaptação/evolução inatas, quais leis darwinianas comuns a todas as espécies). Seja qual for a escola correspondente à morada. Seja qual for o bairro. Seja ou não família funcional!
O sistema?... pleno de falhas desde que me lembro enquanto aluno, professor e encarregado de educação. Quantas bem intencionadas reformas vivemos nós, os quase cinquentões, e sobrevivemos (nós e mais os destacados concidadãos que são referidos em exercícios de sociologia ligth).
Da privada nada digo. Desconheço. Sei que é fomentada por professores que, ou ainda estão e acumulam, ou já passaram pelas escolas dos piores resultados. É outro universo, promíscuo e também ambidestro.
E viva o Liceu de Setúbal (descarga emotiva, puro espírito desporto- -competitivo!) e o seu 23º lugar, 7º das públicas, no ranking sic
ou lá o que é.
PC

bocejo















Só por esta cena não vale a pena.
A qualidade da lingerie (único interesse transversal) não justifica nem o tempo nem o dinheiro.
Na Corrupção da meia-noite adormece-se.
PC

terça-feira, outubro 30

do baú [ 2 ]






















PC © 1984
grafites várias sobre papel Fabriano™

segunda-feira, outubro 29

gos, badall*

















AC © BARCELONA2007
(*) dicionário de catalão disponível para curiosos

sábado, outubro 27

11/11






















Jan Garbarek vem passear os seus saxofones
na Culturgest. Norueguês melódico (admiro
particularmente a sua mestria no pequenino soprano)
que ... ora façam o favor de pesquisar.
Já estão avisados.
Se preferirem ir a Guimarães, ele vai lá estar na véspera.
PC

sexta-feira, outubro 26

dançando

Vai ser uma semana
DANÇARTE dançante!
De 17 a 25 de Novembro por Palmela
vão acontecer danças.
Danças por quem sabe dançar.
Danças para quem sabe ver.
Esta fotografia é de Carlos Teixeira.
O design meu.
Nos primeiros 80's acompanhei à guitarra as aulas da então menina "Belchiorzíssima" (assim chamada
por António Rodrigues e por Graça Bessa), modernas ou clássicas, na Academia de Dança Contemporânea.
Descentralizou e reencontrámo-nos.
Há pelo menos...
...uma série de anos.
PC

terça-feira, outubro 23

carícia outonal






















afago em ti
este calor húmido de outono que parece
conservar-te na pele, ténues e doces,
os odores do sol de verão
e branqueia o tom, esmorece
as concordantes linhas, curvas,
do teu corpo jovem, são:
brilho que cintila
a cada toque, a cada olhar,
a cada amor feito
e reflecte em dobro,
cega, estira, apressa o peito.
Há fogo em ti. Apago-o.
Afogo em ti.

PC 2007
(a fotografia e o resto)

segunda-feira, outubro 22

fds em alta elevado muito acima

Joe Lovano fechou a digressão deste ano na nossa Aula Magna.
A muita experiência musculada encantou-nos. Trocou o sax tenor por uma vez pelo soprano, embalou-nos e deixou-se embalar em excelente companhia: um extraordinário baterista cubano e um delicado pianista. O contrabaixista era emocional e sonoramente discreto (são quase todos assim...(?)).
JL saltitou no palco por momentos a fazer lembrar palhacinho
de corda. Pequenos saltitos coreografados com os fraseados saltitantes.
A latinidade cantante e morna em crescendo recordou-me o concerto
do argentino Gato Barbieri no Tivoli em 2001.
De permeio alguns standarts de compositores colegas. Perfeito.
...
Chick Corea que não é britânico é pontual. Começou rigorosamente à hora e nós PRESOS na ponte da LIBERDADE. Vinte minutos perdidos de um concerto solo que se sabia sem alinhamento mas ainda a tempo do primeiro aplauso. Deambulou pelas teclas de um piano despido, brincou com os harmónicos directamente nas cordas esventradas, sapateou vigorosamente o pé direito (às vezes os dois) de branco cerimonioso calçado e falou cordial (o John McLaughlin, de peúga branca e sapato de verniz no SeixalJazz98, (ano em que curiosamente também o CC lá esteve) durante uma hora tocou de costas para o público e não proferiu palavra. Outra postura de também vedeta).
Comunicou que haveria intervalo. Depois de um tema reciclado dos 70’s, dos tempos com Airto Moreira, antes da Electric Band, intervalou.
Voltou com 20 partituras de pequenos temas infantis que a “filha,
na hora, lhe mandou por fax...(?)”, tapou parte do piano para poder estender as folhas e começou por malhar “caixinhas de música”, chatas e frias. Fáceis e distantes.
À décima primeira já estava quente e a partir daí improvisou magistralmente.
No encore acabámos todos a cantar polifonia. Homens a duas notas agora, mulheres a três depois. Muitas vezes. Acorde único e muito participado. Depois riffs de dificuldade rítmica progressiva em uníssono. Emocionante e pazes feitas.
PC

quinta-feira, outubro 18

rrauf, rrauf, rrauf... àuuuuu! (*)
















(*)
"Aqui vou eu para a Costa
Aqui vou eu cheia de pica
De Setúbal vou fugir
Vou pr'ó sol da Caparica"
CURTIR...

Bom fds.
MIRÁ

terça-feira, outubro 16

próximo fds em alta II





















Logo a seguir, no dia 20 no CCB, Chick Corea outra vez.
Desde Julho de 83 no Coliseu com Roy Haynes e Miroslav Vitous
que não o oiço/vejo.
Recusei-lhe a fase vã do apenas virtuosismo.
Vamos fazer as pazes sábado (?).
PC

próximo fds em alta I





















Primeiro com Joe Lovano, dia 19 na Aula Magna.
Tive o prazer de o ouver em Julho de 99 no Jazz em Agosto da Gulbenkian, integrado no quarteto do guitarrista John Scofield
(mais Dave Holland no contrabaixo e Al Foster na bateria).
Branco com swing negro azulado. Vale a pena. Para curtir!
PC

quarta-feira, outubro 10

ainda morna


Acabada de fazer e acabada de enviar para as rotativas da Mirandela, artes gráficas. Ilustra um artigo de Luciano Rocha.
PC
ilustração © em Painter IX de mac e mesa Wacom

considerações avulsas


















Revi, atrasado, um destes dias a versão 2005 de King Kong.
Pergunto-me porque é que algumas mulheres conseguem apaixonar-se [do coração (?)] por grandes primatas.
Das duas, cinco:
1. será que redescobrem a intuição maternal de protecção/ amamentação àquele que embora grande e cheio de força revela acentuado défice intelectual?
2. será porque interiorizaram as capacidades de superioridade/domínio praticadas sobre os indefesos peluches inanes?
3. será da frouxa imagem de pai que é sublimada e resolvida com
a desusada dimensão do bicho amado e confere segurança e protecção
a qualquer agressão externa?
4. será a (vantajosa) comparação da densidade pilosa?
5. será a (freudiana?) proporcionalidade do falo?
Falei!
Continuo a preferir a versão com Jessica Lange (na foto). Melhor desempenho só atingiu no “carteiro...” enfarinhada sobre a mesa
da cozinha. Jack Nicholson sempre é mais à medida, digo eu...
PC

segunda-feira, outubro 8

emes
















Aplauda-se a honestidade de quem está a dar de si o seu melhor.
Música experimental é difícil. Honesta mas difícil.
Entrámos atrasados no último dia a tempo de ouvir os derradeiros sons de Mosaique e as últimas imagens de Laetitia.
Entrou depois do copinho de moscatel o projecto Biosphere unipessoal do norueguês Geir Jenssen (na foto).
É difícil para quem é ignorante. E é isso que me sinto. Ignoro o vocabulário. Ignoro os sinais. Não entendo nem interiorizo a maioria dos códigos mas há anos que tento. É um problema meu.
Por uma ou outra vez bati o pé tímido. Aconteceram alguns pulsares com sentido e pausas e acidentes no meio de superfícies planas e escorregadias.
A abstracção musical pura actua no ouvinte e permite a construção interior de universos, entre outros, visuais.
Estes compositores ao vivo trazem-nos uma ajuda. Projectam-nos devaneios cinéticos coloridos em osmose com o que se ouve.
Há alguns anos assisti, também integrado nos eme, à performance do italiano Paolo Angeli com uma guitarra da Sardenha transformada em experimentalismo puro. Sem projecções. Havia instrumento (preconceito elementar?).
Aplaudi então o virtuoso e o ecletismo de dezenas de cordas em simultâneo.
Aplaudi no sábado a iniciativa para que nós surdos insistamos.
Pode ser que aprendamos um dia.
PC

dar banho ao cão





















Fizemos as malas breves depois de curta mas louca semana
para ir dar banho ao cão que por acaso é cadela e até se banha,
ali, sozinha. Estava calor na praia no feriado. E no dia a seguir também.
A bichinha corre e sorri (sorri mesmo!) e agradece com salpicos encharcados a cada sacudidela, lambidelas salgadas fedorentas,
areia nos olhos (sacudiu-se agora em seco), jornal, malas,
sapatos, carro.
Simples prazeres (...mesmo abrasivos).
PC

quarta-feira, outubro 3

a do meio
















Dois do meus vizinhos (que me perdoem a colagem ao tema) aqui do lado já opinaram sobra a última Wallpaper*.
Está tudo sabiamente, pelos ditos, dito a respeito.
Mas se cada um deles escolheu a preferida das três capas possíveis, ficou a faltar a melhor, a do Jeff Koons.
Escolhas!... Cada um com as suas razões. A minha, a do meio, para além da frívola estética pop tanto a gosto deve ser influenciada pela pretérita escaldante relação matrimonial do autor com Cicciolina.
PC
Reparem como só os cornos do bicho ultrapassam os limites gráficos impostos e ferem o título. Irreverente cornudo.

terça-feira, outubro 2

3 steinway & sons

















Passei pela 2 à hora do jantar e lá estavam os 3
para deliciosa sobremesa a 6 mãos. A bisar.
Melhor: a trisar.
PC
o dvd foi ontem lançado

segunda-feira, outubro 1

viv'à boa música (?)





















Manel João e eu nunca tivemos grande lidação.
Eu labrego faminto* da margem sul. Ele nem por isso.
Eu prodesign. Ele propintura. Mas ambos pramúsica.
Por uma única vez jamámos na escada helicoidal (fabulosa acústica) com os cordofones que ele trazia dependurados diariamente pelos corredores da ESBAL.
Ele ENAPÁ 2000. Eu cá, pá, deixei-me disso... mas gosto de "Marilú".
PC
• Mestre Lagoa questionava-se, na sequência das denúncias públicas do bispo vermelho, como é que com tanta fome em Setúbal ainda restava força em corpos tão franzinos para a assiduidade dos alunos (eu e outro colega também aqui já citado) da outra banda oriundos.

sexta-feira, setembro 28

ficou por cumprir...






















...este contrato. Talvez a próxima.
PC

o uivo do coiote






















De volta a Luiz Pacheco 1997, doente mas vivaz. Concebemos por essa altura a 1ª edição do título acima. Brinquei com uma foto © de Maria Timóteo publicada na saudosa K de uma entrevista ao escriba abjeccionista em 1992.
Ofereceu-me ele então uma dezena de livros de sua autoria. Esses tais, os mais pequenos, que vão ocupando hoje, a seu tempo e um de cada vez, as horas sem sono.
O papel das folhas da “Comunidade” (para muitos a obra prima) pela enésima vez viradas e ao fim de tantos anos ainda não perdeu nem os aromas nem as temperaturas.
De ler. Todos.
PC

PSL v SIC

Estive tentado a comentar o caso Santana Lopes v SIC mas prometi
a mim mesmo que nunca mais blogava futebóis.
Leiam a opinião discreta de Pacheco Pereira no seu ABRUPTO enquanto o protagonista não se retrata no próprio blogue.
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salões de chat

Recito do blogue do douto Júlio Machado Vaz esta maravilha, recitada do METRO londrino:

AMANTES NA NET ERAM CASADOS UM COM O OUTRO
2007/09/22

Apaixonaram-se na net e agora sentem-se traídos. Estão a divorciar-se.
Um casal bósnio está a divorciar-se depois de descobrir que eram amantes um do outro na Internet. Segundo o Metro britânico, Sana, de 27 anos, e Adnan Klaric, de 32, encontraram-se numa sala chat utilizando os nicks «Sweetie» e «Prince of Joy».
Ambos achavam que tinham encontrado uma alma gémea com quem passariam o resto das vidas. O curioso é que ambos reclamavam dos mesmos problemas nos seus casamentos.
A verdade só foi descoberta quando combinaram um encontro. Agora, o casal está a divorciar-se e cada um acusa o outro de traição. «De repente, eu estava apaixonada. Era maravilhoso porque parecia que ambos estávamos presos ao mesmo tipo de casamento infeliz. Senti-me traída», disse Sana ao jornal. Para Adnan, «é difícil acreditar que Sweetie, que escreveu coisas tão maravilhosas, é, na verdade, a mesma mulher com quem me casei e que não me disse uma única palavra carinhosa durante anos».

Divorciados, atenção ao reverso: com algum azar podem ser as (os)
ex no lado de lá, sweeties e princes como never.
PC

quarta-feira, setembro 26

releituras

Decidi repor leituras em dia. Devagarinho. Coisas pequenas.
Já bastam os milhares de caracteres gastos que tento justificar por hora. Todos os dias. (Parecerá mas não sou tipógrafo/compositor manual.)
Convivi com o autor por alturas do “Uivo do Coiote”, 1997. (Único! Horas únicas! Conversas ímpares! Voltará brevemente a ser tema.)
Mas não foi esse que li por último. Foi “O TEODOLITO” numa edição ESTUÁRIO, brilhantemente desenhada por JTD. São só 53 breves páginas intercaladas de ilustrações. Coisa pequena que começa “Estamos os dois sentados num canapé de palhinha. Enquanto Umbelina me fazia furtivas festas sobre as calças, a berguilha e mais para a esquerda, eu percebia que o caralho se ia desenroscando, desenvolvendo em brandas pulsações rítmicas, agitadas, em movimentos autónomos, preenchendo o côncavo das cuecas, vibrando na esperta mãozinha e transmitindo-lhe uma frenética actividade.”
Luiz Pacheco. Claro.
PC

lindo e curto!

LETTER FROM HOME. Choro.

PC
via FoxyTunes / Pat Metheny Group

terça-feira, setembro 25

o aquecimento global...















...chegou à Escandinávia, vai descer e aconchegar agora o Porto*
no natal... de 2008.
O trio de Esbjørn Svensson ("Serenade for the Renegade" aqui
ou "Goldwrap" aqui)), que refrescou Lisboa uma noite deste verão,
é dos mais brilhantes entes fazedores de sons a gerar beleza que já ouvi. Reconhecem-se dedadas dos mestres Bill Evans e Keith Jarrett
na colorida harmonia impressionista, e fraseados melódicos, pacíficos e orelhudos próprios dos que enterraram bem fundo a já gasta receita das trezentas e vinte sete e meia notas por segundo.
A excepcional home do site atesta o bom gosto. Agendem.
PC
*14 de Dezembro, Casa da Música

ibéria

















Inaugura hoje em MADRID a MAIOR e mais completa exposição retrospectiva da PORTUGUESA Paula Rego.
Saramago!!!
Mulher cão, pastel de óleo, 1994, Tate Gallery

segunda-feira, setembro 24

hic et nunc















Ressenti esta madrugada (rtp1) o fedor de “Brutti, sporchi e cattivi”.
Não sei se foi a cadela a meu lado que se descuidou se os odores resultavam da promiscuidade dos vinte actores em vinte metros quadrados de corpos suados e sexusados em coabitação. Cheira mal mas é bonito de ver.
O neo-realismo tardio (1976) hic et nunc, nada alterou. Disse o realizador, Ettore Scola, que “O cinema não pode mudar o mundo
nem a realidade, mas pode ajudar a reflectir”
.
Reflictamos. Não estamos hoje assim tão distantes da realidade romana de então: muitas mulheres por cá também ainda hoje têm bigode, as prostitutas gordo-mórbidas ainda usam mini-saia, o patriarca continua a acomodar na barraca quatro gerações amontoadas de parentes, maridos ainda impõem terceiras pessoas na cama do casal, irmãos fornicam e existe planeamento familiar no centro de saúde.
Passaram trinta anos mas estes filmes não são neos nem exclusivamente italianos.
Para a época parecem ficção científica.
PC

quinta-feira, setembro 20

agora sim!

Deixei de apoiar o Chelsea.
Fico à espera que o Zé nos diga qual o próximo.
PC
PS: agora sim! último sobre futebol.

burro velho

Confirma-se! Até a UEFA sabe que burro velho não aprende!
Só quatro jogos.
Por cá a FPF, também.
Para o menino Zequinha, aquele sacana de quem todos contámos sempre aventuras maldosas e teve a brilhante ideia de brincar com
o cartão vermelho do árbitro, foi um ano inteiro de suspensão.
É burro ainda novo!
PC
PS: acabaram os futebóis aqui no blogue.

venturoso cigarro















A nova lei entra em vigor a 1 de Janeiro.
Ficam-me as saudades dos CAMEL fumados em todo o lado.
Salas de aula, autocarros, metropolitanos, aviões e aeroportos, hotéis...
Que por cá não se caia no exagero americano: beber bem, ouvir melhor, apaixonado, ao vivo em qualquer bar da Village e a componente cenográfica da esfumaçante velatura ausente.
Cigarros só em intervalos regulares que os próprios músicos se impunham e também eles vinham para a rua. Corte.
Lucky Luke fumava sempre. Mestre Almada fê-lo em directo na tv.
O cinema cultivava-o.
Vou pausar para um cigarro.
PC
fotograma de “À bout de souffle”. Jean-Luc Godard

quarta-feira, setembro 19

adi(t)amento

A UEFA protelou para amanhã o veredicto. Estou a prever bananice igual à que por cá aconteceu.
Ainda o sérvio é irradiado e o outro, este aqui em baixo, nomeado consultor para o Fair Play.

quinta-feira, setembro 13

burro ao murro




















Nada me surpreende neste homem. Surpreende-me sim o endeusamento. Esta veneração por alguém que por cá ainda nada ganhou. Dirá a maioria que nunca uma selecção foi tão longe. Verdade. E os jogadores não são bons? Melhores só mesmo os brasileiros que foram campeões mundiais. E nem precisavam treinar.
Treinador?
O alemão, o Otto, sim! Com dúzia e meia de matraquilhos levou a taça para a Grécia.
Iniciou o Mundial com 10 (saiu Jorge Andrade lesionado) dos 11 que perderam a final do Euro como se, em dois anos, não tivessem nascido novos jogadores. Teimosia asinina.
Confessa-se hoje irritado com a arbitragem de ontem e aquele golo validado. Mas não foi o Paulo Ferreira quem, com o joelho, passou a bola ao sérvio?
Quando assim é, vale!
O que não vale são murros tentados.
Que a besta vá enfim para casa agradecendo humildemente os seus pequeninos êxitos ao professor Carlos Queirós.
PC

terça-feira, setembro 11

11 setembro






















Não sei como está agora.
Estava assim há dois anos. Um memorial modesto retirado dos escombros. Modéstia frágil. Frágil nação. Medrosa...
Com tanto medo que fui obrigado, ainda na Portela, a mostrar aberta
a mala que guardava à superfície lingerie rendada que à pressa fora arrumada.
Com tanto medo que o meu inocente Zippo escapou por pouco à confiscação.
Com tanto medo que demorámos duas horas para sair do JFK (depois de 7h30m de voo e mais uma hora, antes em Lisboa, sem poder fumar). Dedos indicadores registados mais fotografias para as bases de dados.
A uma tímida reclamação minha, o agente displicente enorme ruivo irlandês (?) no guiché respondeu:
“— Perdeste duas horas? Há quem perca a vida para cá entrar. Vieste porque quiseste.” (Aquele you soou-me a tu, nunca a você).
Contrapondo esta antipatia, enquanto esperávamos a porta na Portela, vimos passar um agente PSP, fardado sem boné, cabelo comprido com rabo de cavalo. Raro. Notável.
Foi quem depois verificou a autenticidade dos passaportes e, atento,
nos desejou “feliz aniversário para ambos, amanhã, em NYC”.
Cordial. Estávamos a 7 de Agosto.
PC

segunda-feira, setembro 10

xaile















Conheci-as por acaso, um dia destes na sic(n). Que perfeição.
Curtam. Oiçam e... vejam.
PC

sexta-feira, setembro 7

zapping!






















Liguei a tv depois de almoço para ajudar à digestão do bacalhau à gomes sá do Caravela. Perdi-me nos inúmeros canais com assuntos invulgarmente interessantes hoje, até agora, já hora útil de dia a utilizar.
A RTP1 está cá. A Sky e a BBC um pouco mais a sul. Entre choques menores (Maddies e Joões Baiões), o maior foi mesmo o de um americano, genuíno, Jon Robert Holden, defender a bandeira da Rússia na dita selecção de basquetebol.
Devo andar distraído. A globalização deve ser isto mesmo mas nunca tinha reparado.
É-me agora mais fácil legitimar os brasileiros que joguem na nossa selecção de voleibol, bulgaros e romenos na de andebol, outra vez brasileiros na de basquetebol, o Obikwelu que corre e ganha em português, o Deco e o Pepe.
PC

sexta-feira, agosto 31

regresso...






















...com projecto gráfico curtido.
Outro ano. Outros EME.
As rentrées deviam todas ser assim.
PC

sexta-feira, julho 27

curtindo férias!...
































... até Setembro.
AC|PC

terça-feira, julho 17

pois...










Por qualquer misteriosa razão que totalmente me escapa, Joe Berardo acha que absolutamente tudo lhe é permitido e como tal se exibe e comporta. (...) o Governo esteve aos pés do “comendador Berardo” e Lisboa esteve provincianamente de boca aberta. Até ao dia em que chegue a conta.
Por isso não pude deixar de sorrir ao ouvir hoje na televisão José Hermano Saraiva evocar o génio, o porte e a generosidade de Ricardo Espírito Santo, na visita guiada que o professor Saraiva nos fez à deslumbrante fundação. Ali à Graça, recheada com preciosidades do coleccionador, doadas a Lisboa, nos anos 50. Outros tempos, outros modos, outros mecenas. Sobretudo, outra seriedade.
Maria João Avilllez, jornalista
Revista SÁBADO, nº 166, 5 a 11 de Julho de 2007

Exorcizemos o fantasma fascista a que esteve umbilicalmente ligado e façamos do Hermano Saraiva um absolut(ista)o histórico-cientista.
É pena que daqui a 50 anos (morrerá entretanto (?)) não o possamos ouvir enaltecer a generosidade do mecenas (haverá então uma escola superior de restauração, não de restauração, Berardo, para que se possam expor recuperadas as peças (quase todas compradas por ele) “60’s & 70’s” do, agora por reinstalar, Museu do Design?) Joe?
Saberá, rigorosamente, esta ilustríssima jornalista, os favores trocados entre governo da altura e o virtuoso, educado e sério mecenas, qual terceira pessoa da santíssima trindade?
Eu não sei.
Adivinho que o Cerejeira terá sido o primeiro a aplaudir tão distinta dádiva. E que conta terá Lisboa pago então?
Num blogue vizinho, alguém anónimo disse, de forma brilhante, que todos os que dizem hoje mal da actuação revisteira do Berardo, amanhã, indiferentes à origem dos euro/rands que compraram as peças, estarão, com ar convenientemente sábio, a fruir e comentar as obras expostas no CCB.
Já o disse algures e volto a dizer: a obra sobreleva-se ao seu autor quanto mais ao seu coleccionador. Com outro bailinho a música (entenda-se colecção) seria rigorosamente a mesma. Desaprovam o folclore que o homem parece dançar tão bem? Compreendo: é feio.
Atropelos gramaticais e outros maus tratos à língua mãe acontecem-nos a todos. O mais ortodoxo dos linguistas achará que o nobel Saramago “calina”.
O Berardo terá apenas um problema de pronúncia.
PC

quarta-feira, julho 11

figadais curtições






















Foi bonito o FIG 2007.

Desculpa amigo Adelino. Roubei esta beleza do teu blogue. Não me contive.
Fotografia © Adelino Chapa
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quinta-feira, junho 28

o meu umbigo (para si caro Xavier)




















Xavier Rosado Fernandes said...

(...) A Ana Cruz e o Paulo Curto, para que raio acharão que serve um blogue? Para passar a mão pelo pêlo deles próprios? Acharão que isto deve ser um espelho narcísico? Se JTD quisesse faria disto um permanente enfiar do dedo no umbigo, mas não faz (…) Este negócio do analfabeto Berardo com o Estado Português é um escândalo. Nunca é de mais dizê-lo. Se não têm nada para dizer vão dar uma voltinha. Pode ser ao CCB.

Cumprimentos ao comendador da treta.

(resposta a um comentário meu num blogue vizinho)

Vejo que já por aqui andou. Obrigado.
Tem razão. O nosso blogue é exactamente um “espelho narcísico”.
O nosso blogue é o que nós quisermos. Não tem de ser o que você aprendeu que deve e impõe que seja.
O JTD não precisa que o defendam. Destaca-se.
Vou seguir a sua sugestão e dar a voltinha ao CCB este fim de semana. Depois conto-lhe (presumo que achará mais um gesto de narciso...).
Cumprimentar o comendador, em seu nome, não lho garanto.
PC

terça-feira, junho 26

in






















Por falar em Warhol, vale sempre a pena dar uma vista de olhos
na revista que ele criou em 1969.
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